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29/06/2011

Em 1940, o Corinthians ficou longe do sonhado tetra campeonato paulista: ficou em quarto lugar, sete pontos atrás do campeão Palestra.
A melhor recordação daquele ano foi a participação na inauguração do Pacaembu, o maior estádio do país na época. O Corinthians venceu o Atlético-MG por 4 a 2, numa rodada dupla em que o Palestra Itália também venceu o Coritiba por 6 a 2. Recuperando-se do mau campeonato do ano anterior, o Corinthians consegue fazer novamente uma campanha brilhante em 1941 e chega ao 12º título paulista Nos anos seguintes, a mesma história foi se repetindo. A torcida começou a cobrar dos diretores do clube uma renovação no elenco. Um dos poucos que escapavam das críticas da torcida era Servilio. Artilheiro do Paulistão durante três anos seguidos, 1945, 46 e 47, o atacante baiano jogou no Corinthians durante dez anos e marcou 190 gols em 350 partidas.da sua história. O quarto em cinco anos. No ano seguinte, em 1942, o Corinthians não consegue o bicampeonato paulista, mas chega a duas importantes conquistas. A primeira delas foi a aquisição do campo do Guarani, que ficava ao lado do Parque São Jorge. Com isso, o clube aumentou o seu patrimônio, que já era grande. A outra glória foi ter vencido o Troféu Quinela de Ouro, realizado em março. O torneio era uma espécie de Rio- São Paulo e contava com os cinco principais clubes dos dois estados: Corinthians, Palestra Itália, São Paulo, Flamengo e Fluminense. Com três vitórias e um empate, o alvinegro conseguiu o valioso título. Com a saída de grandes craques como Teleco e Brandão, o Corinthians foi se enfraquecendo e aos poucos viu-se inferior aos seus dois maiores inimigos até então: Palestra e São Paulo. De 1942 à 1950, o Timão fica sem conquistar o Paulistão e ainda vê o Palestra ganhar três títulos e o São Paulo cinco. O timão amargou cinco vice-campeonatos, nesse, relativamente pequeno, mas incômodo jejum de nove anos. Em 1942 e 1943, o Corinthians fez boas campanhas nos campeonatos, chegando a vencer quinze dos vinte jogos que disputou. Mas acabava sempre perdendo na reta final. Em 1943, nem mesmo contando com os dois artilheiros do campeonato, Hércules, com 19 gols, e Milani, com 18, o Corinthians não teve como segurar o São Paulo. Em 1948, Servilio deixou o Corinthians, que terminou na modesta quarta colocação no campeonato. Como consolo para a torcida que já estava sete anos sem comemorar um título paulista, começou a dar certo a contratação de Baltazar, ex-Jabaquara de Santos. Naquele ano, o atacante marcou 12 gols e se firmou como o principal nome do ataque alvinegro. Tanto que, na fraca campanha de 1949, ele foi o único a se destacar, marcando 17 gols. Luizinho, de 19 anos, disputa o seu primeiro campeonato e começa a chamar a atenção da crônica esportiva. Os anos 50 parecem ter feito o Corinthians acordar e voltar a ser um time vencedor. Com o ataque formado por Cláudio (o Gerente) Baltazar, Luizinho e Mário, o alvinegro virou uma máquina de fazer gols e dar espetáculos. No começo do ano, em fevereiro, o Timão conquistou o Torneio Rio- São Paulo. Nos dois anos seguintes, o Timão também só deu alegrias à sua torcida e conquistou o bicampeonato paulista, em 51 e 52. Além de festejar o bicampeonato paulista, a torcida corintiana teve pelo menos mais dois bons motivos para ficar feliz da vida com o time. No início do ano, o Corinthians conquistou em definitivo a posse da Taça São Paulo, que era o troféu oferecido pela Federação Paulista de Futebol para o vencedor de um triangular entre os três primeiros colocados de cada campeonato do ano anterior. Como já havia vencido o torneio em 1942, 43, 47 e 48, a conquista de 1952 acabou fazendo com que a Taça ficasse de vez no Parque São Jorge. Afinal, quem conseguisse ganhá-la por três vezes seguidas ou cinco alternadas, ficaria com a posse definitiva. Em abril de 1952, o Corinthians saiu do Brasil pela primeira vez e foi excursionar na Europa para fazer uma série de amistosos. Como não poderia deixar de ser, o Timão voltou do exterior com uma campanha memorável: Em 16 partidas, o alvinegro ganhou 15 e perdeu apenas uma, justamente na estréia, contra o Besiktas, da Turquia, por 1 a 0. Abaixo, a relação dos jogos. Besiktas (Turquia) 1 x 0 Corinthians - 22/04/1952 - Istambul, Turquia
Fenerbahçe (Turquia) 1 x 6 Corinthians - 23/04/1952 - Istambul, Turquia
Galatasaray (Turquia) 0 x 1 Corinthians - 26/04/1952 - Istambul, Turquia
Seleção da Turquia 1 x 1 Corinthians - 27/04/1952 - Istambul, Turquia
Seleção de Ancara (Turquia) 1 x 3 Corinthians - 03/05/1952 - Ancara, Turquia
Seleção da Turquia B 1 x 2 Corinthians - 04/04/1952 - Ancara, Turquia
Seleção da Turquia 0 x 1 Corinthians - 06/05/1952 - Istambul, Turquia
Galatasaray (Turquia) 2 x 4 Corinthians - 07/05/1952 - Istambul, Turquia
AIK (Suécia) 3 x 3 Corinthians - 14/05/1952 - Estocolmo, Suécia
Djurgärden (Suécia) 2 x 3 Corinthians - 16/05/1952 - Estocolmo, Suécia
Combinado Copenhague (Dinamarca) 1 x 1 Corinthians - 18/05/1952 - Copenhague, Dinamarca
Malmoe (Suécia) 1 x 2 Corinthians - 27/05/1952 - Malmoe, Suécia
Seleção Gotemburgo (Suécia) 3 x 9 Corinthians - 29/05/1952 - Gotemburgo, Suécia
Seleção Olímpica da Finlândia 1 x 5 Corinthians - 01/06/1952 - Helsinque, Suécia (Inauguração do Estádio Olímpico).
Seleção de Gävle (Suécia) 0 x 6 Corinthians - 04/06/1952 - Gävle, Suécia
Seleção de Halmstads/Hamlia (Suécia) 1 x 10 Corinthians - 08/06/1952 - Halmstad, Suécia.

Graças a essa bela campanha, o clube ganhou o título de "Fita Azul do Futebol Brasileiro", dado aos times que permaneciam mais tempo invictos em jogos fora do país. Em 1953, mais um título, o do Torneio Rio-São Paulo. Com a condição de campeão nacional (afinal, o Rio- São Paulo dava status ao vencedor), o Corinthians é convidado a participar de um torneio internacional de clubes, na Venezuela, onde é campeão e recebido com festa na volta ao Brasil. O ano seguinte, 1954, foi um dos mais importantes da história do Timão. O time ganhou tudo o que disputou: o Rio São Paulo e o Campeonato Paulista. 1955 à 1976: Triste jejum

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